Publicado no Tribuna do Brasil de 16/9/2006
Caderno TBmulher, Coluna Psicoproseando...com Maraci
Logo elegeremos os que nos representarão, pelos próximos anos, no Planalto, no Buriti, no Senado, na Câmara dos Deputados e Legislativa. São 8 candidatos a Presidente, 6 a Governador, 9 a Senador, 109 a Deputado Federal e 661 a Distrital. Para quem leva isso a sério, escolher não é fácil. Há os que já se decidiram. Mas muitos ainda não sabem em quem votar. É tanta gente querendo, tanta gente prometendo...
Para nos socorrer, temos o Programa Eleitoral Gratuito. Sim, ele mesmo, aquele que seria cômico se não fosse trágico. Ele pode nos auxiliar muitíssimo, ajudando a eliminar centenas de candidatos a partir da seguinte premissa: NÃO VOTO EM MESMEIRO. Nessa categoria, estão incluídos os que ninguém sabe de onde saíram, que vão pra televisão e pro rádio só pra dizer que precisamos acabar com a corrupção, melhorar a segurança pública, a saúde, a educação e os sistemas de habitação e transporte. O mesmo blá blá blá de sempre.
A todo vapor, como manda a tradição e permite a legislação eleitoral, eles invadem nossas casas. Alto e bom som, disparam as mesmas promessas. Tentando agradar a gregos e troianos, dizem o óbvio ululante. Garantem que vão arregaçar as mangas, se eleitos. Pedem nosso voto, carta branca para nos representar. E, tentando nos convencer de que suas intenções são as melhores possíveis, aparecem do nada com uma conversa sem conteúdo, chovendo no que já está molhado. O leque de opções ruins é tão grande que desanima. É tanto nhenhenhém que dá até vontade de votar em branco. Mas nem pense em bater em retirada. Precisamos de calma, fé e uma estratégia.
Antes de mais nada, SEM PÂNICO!. Uns 70% desses candidatos deixam a desejar. Em sã consciência, ninguém neles votaria. Estão no páreo, é certo. E fazem das tripas coração para serem eleitos, num jogo de vida ou morte, todos desejosos de um lugar ao sol. Ninguém quer perder o bonde da história ou passar em brancas nuvens. Mas, em verdade, nunca fizeram por merecer nosso voto. Assim, pode ajudar se você começar por separar o joio do trigo.
Aqueles que querem ser eleitos à custa de falatório político; que não têm, de fato, nenhuma proposta, devem ser defenestrados. Eles saltam do Programa a olhos vistos. A esses devemos dizer NÃO, mesmo que ameacem atear fogo às próprias vestes. E que o resultado das votações caia como uma bomba sobre os que pensam que eleição pode ser ganha com ladainhas, que acreditam que vamos dar o nosso voto assim, de mão beijada.
Não devemos deixar que os maus políticos e aqueles pobres diabos que são por eles usados, empanem o brilho de um processo tão bonito, de importância vital para todos nós. Nem tudo está perdido. Há uma luz no fim desse túnel. Vamos lavar a nossa alma no dia da votação, dizer a esse pessoal pra tirar o cavalo da chuva. Vamos colocar um ponto final nessa comédia de erros, dar um tiro de misericórdia nas candidaturas angustiantes.
Chumbo grosso neles! É chegada a hora da verdade! Vamos fazer esse pessoal bater em retirada. Eles precisam aprender que estamos em ponto de bala, mais exigentes a cada dia que passa. Não vamos fugir da raia, nem entregar o ouro facilmente. Assim, quem sabe, poderemos, nas próximas eleições, respirar aliviados ao ver em campanha apenas quem tem algo interessante a propor.
Quem acompanha esta coluna, deve estar estranhando o texto cheio de clichês. Mas escrevi assim de propósito. E todos estão em negrito. Não é um horror falar ou escrever assim? O que podemos esperar de um candidato que se comporta dessa maneira, banalizando o processo eleitoral? NÃO VOTO EM MESMEIRO.
E, para sábado, EU PROMETO o restante da estratégia. MEU NOME É MARACI !!!
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