coluna A Psicologia e o Dinheiro
Tenho uma única irmã a quem sempre agradeço ao final dos meus textos - Maristela Sant’Ana. Como quase nada sei de economia, é a ela que recorro para checar se entendi corretamente os temas que pretendo explorar nesta coluna. Só então faço um link com a psicologia, esta sim minha área. Acontece que Maristela, além de jornalista, economista e minha consultora particular, é também bastante engraçadinha e me enviou um texto que muitos já devem conhecer, mas que creio mereça ser relido.
“Capitalismo ideal: você tem duas vacas. Vende uma e compra um touro. O rebanho se multiplica e a economia cresce. Você vende o rebanho e se aposenta rico!; capitalismo americano: você tem duas vacas. Vende uma e força a outra a produzir leite de quatro vacas. Fica surpreso quando ela morre; capitalismo francês: você tem duas vacas. Entra em greve porque quer três; capitalismo canadense: você tem duas vacas. Usa o modelo do capitalismo americano. As vacas morrem. Você acusa o protecionismo brasileiro e adota medidas protecionistas para ter as três vacas do capitalismo francês; capitalismo japonês: você tem duas vacas, né?. Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produzam 20 vezes mais leite. Depois cria desenhos de vacas chamados Vaquimon e os vende para o mundo inteiro; capitalismo italiano: você tem duas vacas. Uma delas é sua mãe, a outra é sua sogra, maledetto!!; capitalismo britânico: você tem duas vacas. As duas são loucas; capitalismo holandês: você tem duas vacas. Elas vivem juntas, não gostam de touros, mas tudo bem; capitalismo alemão: você tem duas vacas. Elas produzem leite pontual e regularmente, de forma precisa e lucrativa. Mas o que você queria mesmo era criar porcos; capitalismo russo: você tem duas vacas. Conta-as e vê que tem cinco. Conta de novo e vê que tem 42. Conta de novo e vê que tem 12. Você pára de contar e abre outra garrafa de vodca; capitalismo suíço: você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua. Você cobra para guardar a vaca dos outros; capitalismo espanhol: você tem muito orgulho de ter duas vacas; capitalismo português: você tem duas vacas e reclama porque seu rebanho não cresce; capitalismo chinês: você tem duas vacas e 300 pessoas tirando leite delas. Você se gaba muito de ter pleno emprego e alta produtividade. E prende o ativista que divulgou os números; capitalismo hindu: você tem duas vacas. Ai de quem tocar nelas; capitalismo argentino: você tem duas vacas. Você se esforça para ensinar as vacas a mugirem
Tudo bem que a situação do mundo, de maneira geral, nada tem de engraçada. Mas o humor sempre teve e sempre terá um papel importantíssimo em momentos de crise pessoal ou coletiva. É maravilhosa essa capacidade de transformar em piada coisas como as próprias dificuldades, a falta de semancol dos outros, o autoritarismo, o fanatismo, o preconceito, as idéias absurdas. Isso, entre outras vantagens, reforça nossa reserva de energia, para aquelas horas em que não dá pra rir de jeito nenhum. Além disso, força-nos à autocrítica, encoraja-nos a novos olhares, promove catarses e estimula a solidariedade com aqueles que, por absoluta falta de uma veia cômica, mantêm-se oprimidos pela vida. Resumindo, rir é um grande e lucrativo negócio. Valeu, irmã! Até sábado, leitores!
Maraci Sant'Ana
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